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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Sobre histórias e linhas imaginárias


E as palavras somem quando você quer que apareça.Mesmo que pintadas e sublinhadas em paredes,invisíveis a olho nu.Quando é para registrar no papel,elas voam e fingem não ter aparecido.Elas são crianças e gostam de brincar de esconde-esconde,mesmo sem ter convidado para começar a contar . 1,2,3,4... É de rasgar o papel. E se não tivesse linhas,eu as faria. Pra passar o tempo. Brincar também . Ás vezes sou nove anos,ás vezes sou menininha querendo encontrar alguém logo,só pra acabar a brincadeira. Impaciência,não. Só não gosto de procurar . Impaciência,talvez agora sim. Queria me esconder,talvez atrás das linhas que acabara de passar com caneta azul por cima - acabei de refazê-las . 
Contentaria-me de ficar quietinha até mesmo entre a metade delas,que seja.Só para não procurar,e permanecer por mais algumas doze horas onde eu gostaria de estar . Escondida . Onde quem me procuraria,talvez não entendesse meus sentimentos e agonias entre linhas , e desistisse. Lugar tão vasto que torna-se escuro. Sombrio demais para mim.Logo teria que sair . E me achariam,antes mesmo que eu os achasse. E aí eu me refaço entre linhas, e acabo a história sob elas .

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